Formação em Psicanálise
Pós-Junguiana
Médio I

1. PREMISSA

“Parece que o inconsciente está hoje produzindo uma nova visão da relação homem-mundo.”

Vamos descobrir qual.

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2. A DIALÉTICA DO MÉTODO​

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“A tarefa do analista é a de trazer progressivamente pro lado direito o sentido avesso do discurso do paciente; discurso que é a expressão, de forma paradoxal, do modelo de vida alienada que hoje a sociedade oferece às pessoas.”

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Terá esse projeto necessidade de informações alternativas ou complementares ao próprio método psicanalítico?

A DIALÉTICA DO INCONSCIENTE

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a. Prelúdio

b. O conflito ontológico

c. O conflito no plano individual

d. O conflito no plano social

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“A psicanálise, ao querer se colocar no âmbito das ciências naturais, perdeu de vista o fundamento da condição humana, e buscou em outro lugar, e não nele, as raízes da alegria e da dor, da esperança e do desespero, do bem e do mal, fatos que são próprios dessa condição. A psicanálise, nesta obstinada busca por justificação científica, rejeitou o pensamento filosófico como interrogação do homem sobre sua condição de homem e sobre sua própria posição de sujeito que conhece o mundo.”

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Do inconsciente vem o questionamento desta visão e a urgência de sua superação.

1. INTERLÚDIO | A identidade do inconsciente

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“Dentro da visão do processo de individuação (...) o inconsciente, entendido como o não ainda consciente é projetualidade em devir...”.

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2. A IMEDIAÇÃO

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“A problemática que o inconsciente das pessoas hoje propõe, desde o início do processo analítico, é aquela do conflito entre a imediação, que para o indivíduo ao dado de seu ser cotidiano, e o desejo do seu devir ao longo da existência.”

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A ambiguidade do conforto e bem-estar que nega ao indivíduo o espaço e o tempo necessários ao seu próprio movimento vital.

1. MUDANÇA DE ROTA DA LIBIDO

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“O inconsciente chama, envia o mensageiro, mas não sempre quem é chamado está pronto para responder ao apelo. Porque ‘...o caminho precisa da meta assim como a meta da vontade de caminhar’, e se a vontade em nós não desperta, como paixão pelo nosso caminhar, não há imperativo baseado no dever que nos persuada ao movimento.”

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Como favorecer a mudança de rota da libido?

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2. A MEDIAÇÃO

“Não há discurso teórico ou conhecimento racional que possa persuadir uma pessoa ao trabalhoso exercício se nela não aconteceu a transformação que dá início ao movimento. (...) Também a paixão, porém, não é suficiente se o indivíduo não chega a entender como se realiza o ato da mediação.”

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A experiência dialógica da mediação na relação analítica.

A RECUPERAÇÃO DO SOCIAL

a. A passagem

“Todo método psicanalítico que interpreta a problemática individual dentro de sua história familiar, mantém o indivíduo na situação de neurose, sendo esta, como se entende, o apego de um adulto à condição infantil.”

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b. A universalidade do amor

“O que resta do amor superada a interdependência? O inconsciente responde que resta a sede de Deus, o amor pelo próprio Si-mesmo, o desejo das raízes, a necessidade de abraçar a universalidade dos homens.”

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c. A universalidade do Si-mesmo

“Se é verdade que o indivíduo chega a encontrar a própria identidade no devir histórico da humanidade, é também verdade que ele não deve parar a continuidade do próprio processo de transformação (como momento do processo revolucionário da humanidade em sua continuidade) numa das muitas formas que este processo assume no contexto social do momento.”

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A perene dialética do Eu com o inconsciente e do indivíduo com o social, mediata pelo processo de individuação.

A NEGAÇÃO DA ALIENAÇÃO​
 

“A neurose se apresenta como a aplicação obsequiosa das normas de conduta coerentes aos valores sociais hoje propostos que, levada às extremas consequências, demonstra a inaplicabilidade das próprias normas, ao distorcer o sentido da vida humana.”

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Ou seja: quando a obediência destrói a nossa vida.

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Compreendendo a inevitabilidade da alienação no contexto em que se vive leva ao ato de desobediência e transformação.

A TRANSCENDÊNCIA​
 

a. A recuperação da religiosidade

“A descoberta de uma dimensão mais ampla da própria existência desperta no indivíduo a exigência, esquecida e recalcada, da transcendência, ou seja, a exigência de referir a própria vida pessoal a uma realidade que está além dela, para encontrar nesta o sentido de todo ato cotidiano.”

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b. A recuperação da morte

“É a circulação entre a morte e a vida, levadas para o plano consciente e simbólico, que cria o especificamente humano.”

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Por uma religiosidade não alienante, encarnada e cotidiana.

A SUPERAÇÃO DA ANTROPOREFERÊNCIA

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“A concepção antropocêntrica, surgida na Renascença com o surgimento do capitalismo, ao colocar o homem no centro da criação como criador ele mesmo do universo, tem sim libertado nele a força e a intenção de transformar a natureza, mas também o aprisionou no limite da própria solidão diante do resto da criação que se tornou a ele estranho e, portanto, inimigo.”

Rumo a uma nova concepção de ser humano.

1. APÊNDICE

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a. A direção do movimento analítico

Sobre o amor pela verdade e o sentido da praxe psicanalítica.

b. O seu momento teórico

Sobre as diferentes correntes de pensamento vinculadas ao sistema teórico chamado “Psicologia Profunda”.

c. O seu momento técnico

Sobre a posição do psicanalista na relação analítica.

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2. PARA UM PROJETO

“Parece que o inconsciente avança uma temática absolutamente nova com relação à de alguns anos trás...”