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  • Foto do escritorAdriana Tanese Nogueira

O SABER INATO QUE VEM DE OUTRAS VIDAS


Nascemos “tabula rasa” ou com um saber inato? Tabula rasa era a forma como os antigos identificavam aquela condição na qual a criança nasce sem conhecimento algum, sendo como uma lousa branca (ou preta) onde a cultura de seu tempo irá escrever os conhecimentos via a educação recebida em casa, na escola e na sociedade. Algumas teorias foram formalizadas nessa direção no século XVIII.


Esta perspectiva coloca os indivíduos completamente situados no mundo de hoje. A vantagem é que abre espaço ao empenho para criar pessoas boas, éticas, de conhecimento a partir de qualquer origem. Se nascemos como tabula rasa e a sociedade inscreve em nós as normas e regras, então uma atuação positiva irá produzir indivíduos positivos. Por outro lado, essa abordagem elimina o reconhecimento de raízes profundas de nosso ser que transcendem pai e mãe, família e grupo social.


Todos tivemos em algum momento a oportunidade de notar a diferença entre as crianças de uma mesma família. Cada uma é diferente da outra, e cada uma apresenta desde cedo uma tendência e até talentos que já podem ser observados. De onde eles vêm? Eis o “saber inato”.


Nascemos com uma bagagem, composta de experiências, conquistas e aquisições, assim como também de traumas e questões não resolvidas, “unfinished businesses” como os chamamos em Deep Memory Process, uma terapia que investiga e pretende curar as feridas psicológicas de vidas passadas.


Um exemplo de talento adquirido em outra vida e que se mantém nesta é o caso de uma mulher que quando adolescente havia notado que os dados da mão eram rapidíssimos, se mexiam com uma articulação e rapidez impressionante. Como a família ouvia música popular brasileira, na época ela pensou que talvez tivesse tamborilado quando criança... Mas não havia tamborim em sua casa... A agilidade dos dedos permaneceu por muito tempo até ir se perdendo pois ela não usava os dedos daquela forma... Só muitos anos depois, ela descobriu que na vida anterior havia sido pianista, professora de piano e compositora! Entendeu então também porquê sempre havia quisto tocar piano, mas a vida atual não havia lhe dado esta oportunidade. Se ela tivesse ido à aula de piano quando criança, imaginem a vantagem que teria!


Em cada vida acumulamos experiências que nos fazem crescer e desafios que precisamos resolver. Na vida atual nos encontramos diante de algumas questões importante que requerem toda nossa atenção. Elas estão sempre relacionadas a questões não resolvidas, não concluídas, de vidas passada. Isso não quer dizer que não seja preciso trabalhar a vida atual antes. Porque só reencontramos o fio da meada a partir das problemáticas atuais que nos afligem.


O objetivo é promover o desenvolvimento completo do ser. Para isso é preciso que a personalidade atual, o Eu de hoje, se dê conta de suas raízes mais profundas e enverede no caminho do autoconhecimento. Autoconhecimento é tudo. É literalmente como uma luz que se acende na escuridão. Aí as coisas começam a fazer sentido e a se “encaixarem” e, consequentemente, adquirimos clareza e mais poder para enfrentar e resolver o que for que precisa ser trabalhado. Tudo é suportável desde que saibamos o que está de verdade acontecendo, o que significa compreender os fatos atuais à luz da história do passado. Em nossa psique é como se houvesse várias camadas de pano de fundo, cada uma com sua história. Cada uma dessas histórias interfere com a atual.


Somente uma psicologia profunda é capaz de acessar as diversas camadas e colocar em perspectiva a realidade atual. Desta forma, permitimos à psique, que tem poder de autocura, de atuar e evoluir.



Adriana Tanese Nogueira - Psicanalista, filósofa, life coach, terapeuta transpessoal, intérprete de sonhos, terapeuta Florais de Bach, autora, educadora perinatal, fundadora da ONG Amigas do Parto, do Instituto de ensino à distância Ser e Saber Consciente e do ConsciousnessBoca.com em Boca Raton, FL-USA. +1-561-3055321


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